domingo, 28 de setembro de 2014

Um compromisso.


Toda paixão é passageira.
E é depois da paixão que temos a primeira importante variante do relacionamento. Daí evoluímos ao Amor ou acordamos do sonho e quando menos esperamos, tudo se vai.

Estimativas científicas apontam que a durabilidade da paixão oscila em torno de um ano e meio a dois anos no máximo. Já o Amor, uma vez instituído, não tem prazo de validade.
Sob uma ótica fria e consciente, infelizmente hoje, apesar de tantas declarações de amor e juras eternas de comprometimento e parceria, as coisas não vão tão bem assim.

Não sou um entusiasta do caos ou o pessimista de plantão, mas sou alguém que certamente como muitos lamenta e reconhece o quão banal tornou-se Amar e comprometer-se com isso.

Contudo, Parabéns!
Parabéns aos que verdadeiramente Amam, aos que verdadeiramente lutam para cultivar, enaltecer e preservar o Amor. 
Parabéns aos que sabem que ao dizer "eu te amo" compra-se um compromisso com a verdade, com a lealdade, cumplicidade, com o carinho, compreensão, paciência, renúncias e incontáveis abstenções.

Amar é doar-se, como poucos sabem, como poucos fazem e como poucos legitimamente Amam.

domingo, 21 de setembro de 2014

Para uma vida longeva... ou não.

   “O que somos fisicamente não deveria ser influenciado pelo tempo. Ser ou estar mais novo ou mais velho deveria estar diretamente relacionado à sanidade mental e espiritual.
Diante desse conceito utópico, teríamos dentre outros, dois pontos distintos: 
Para uns, estariam diante do segredo e do poder da imortalidade. Já para outros, teriam a excepcional oportunidade de promoverem um enorme bem à humanidade, o de jamais sequer terem nascido.”


(Alexsander Bengaly)

sábado, 20 de setembro de 2014

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Caráter.

"Ao invés de buscar na filosofia as bases para colocar em prática nossas atitudes e assim pleitear uma vida mais qualificada, buscamos filosofias passivas a más interpretações, para que melhor se enquadrem aos nossos atos de irresponsabilidade, descaso e pobreza de espírito, para assim, justificá-los."

(Alexsander Bengaly)

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Vivendo e convivendo...

A experiência nos diz que a felicidade ou se compartilha ou se perde, porque nenhum ser humano consegue ser feliz sozinho. Isso implica convivência, a difícil arte da boa convivência.  Acontece que, em geral, cada um espera, senão tudo, pelo menos noventa por cento dos outros, parecendo-lhe ainda muito pesados esses dez por cento que põe de sua parte.

Não é de hoje que o ser humano busca o segredo de um relacionamento feliz, em sua maioria, as pessoas não sabem por que a felicidade lhes escapa das mãos, não valorizam pequenos gestos, supervalorizam pequenos problemas fazendo-os enormes e com toda essa complicação de detalhes tão simples e que deveriam ser facilmente descomplicados, acontecem os afastamentos.

A solução, no entanto, sempre está próxima, normalmente dentro das próprias pessoas, e, quando a encontram, a vida pouco a pouco se transforma.

A boa convivência depende de “uma série de coisas e de fatos que se entrelaçam" e se desmancha se esquecemos a causa que deu origem ao sentimento.

Isso reside em que ninguém quer dar a outro o que tem, porque considera que o que tem é melhor do que o que lhe falta e o outro tem. É neste verdadeiro labirinto de cotizações dos fragmentos humanos onde se encontra a maior causa de todas as dissensões e, por sua vez, de onde parte a equivocada posição de todos os seres humanos, sem exceção, que se poderia definir com uma só palavra: incompreensão.

No início de uma relação normalmente não está estabelecido um laço devidamente estreito e ainda temos a opção de escolher quem vai entrar na nossa vida. É muito bom quando alguém entra na nossa vida trazendo soluções, coisas boas e estabilidade, rapidamente fazemos questão de chamar tudo isso de “Nosso”. Mas e os problemas, as dificuldades e as instabilidades?

Estes também não passam a serem “Nossos”?


Isto se agrava ainda pelo fato de que nós, por momentos, compreendemos uma coisa e, depois, manifestamos ignorá-la ou não compreendê-la; e não havendo segurança nas ações, não perdurando o que deve ser permanente permitimos que a desconfiança e a descrença se estendam como algo contagioso no pensamento e em tudo que nos cerca.

Mas há mais ainda: muitos emprestaram ou deram ao semelhante o que a este faltava e a eles sobrava, mas depois, por qualquer circunstância voltam a tirá-lo, deixando-o outra vez, se não mais incompleto, pelo menos desprovido dessa peça que lhe era tão necessária. E assim vem caminhando a humanidade: dando e tirando, cheia de certezas incertas, de avaliações irrelevantes, da falta de propósitos e da ausência de sentidos sem nunca chegar a completar-se.

Pessoas que amam de verdade firmando e reafirmando seu sentimento como constante manutenção de um objetivo não são muitas. A decadência de valores relacionados à consciência dos pseudo-novos tempos faz com que cada vez mais as pessoas cresçam aprendendo que o que vale é estar “bem” não importando como, com quem ou a que custo.

Um dos mais básicos princípios do amor é que somos todos pessoas absolutamente erradas na busca de outro que de igual forma esteja disposto a nos aceitar exatamente da forma que somos sem que isso jamais seja fruto de relevâncias na manutenção da união. A vida é sacrifício e só com sacrifícios, ao fim de tudo, teremos a sensação de ter vencido e de realmente ter feito tudo valer a pena. Tudo vem há seu tempo, mas nosso maior erro é achar que o tempo e tudo mais sempre estão contra nós.

Nas plantas, flores e frutos têm seu tempo, umas mais cedo outras mais tarde. Fazendo uma analogia à vida humana, veremos que apesar do tempo e do curso natural, o plantio pode estar sendo feito em um solo de pouca propensão, o que debilita, sufoca e pode matar a planta. Quando isso acontece o que se tem a fazer é mudar o tratamento. Enriquecer o substrato, mudar a irrigação, buscar melhorias e não simplesmente arrancar e jogar fora, pois o feio, pequeno, fraco e sem brilho vegetal de hoje, se tratado com amor, dedicação, paciência e vontade certamente ainda será um ser do qual nos orgulharemos.


(Alexsander Bengaly)

Fonte de inspiração e pesquisa: http://www.logosofia.org.br/