sábado, 15 de novembro de 2014

Chuvas que deveriam cair em São Paulo são contrabandeadas na Amazônia.


Imagine que o céu é recortado por inúmeros "rios" de correntes não só de ar, mas também de umidade. E que muitos desses rios têm seu fluxo praticamente contínuo e constante. Um desses importantes "rios" chama-se Zona de convergência do Atlântico Sul, cuja rota vai do sul da Amazônia até o Atlântico Sul, sendo este o principal veículo de distribuição de umidade sobre região Sudeste do país, ou seja, é o rio, que em outras palavras, faz chover.

Imagine a Floresta Amazônica, rica em umidade por conta de sua densa e úmida vegetação, umidade esta que evapora com a ação do calor, sobe, e se funde aos "rios" e "rios" no céu. Agora a pergunta:
O que aconteceria se a ação selvagem e implacável dos desmatamentos provocados por madeireiros, legais e ilegais, interrompessem o fluxo dessa umidade que alimenta os "rios" do céu? Escassez de chuvas.

Tudo chega ao fim, até mesmo o próprio planeta. Mas há um importante diferencial entre o "mais cedo ou mais tarde" que está diante da conduta a respeito de algo que constatadamente não nos sensibiliza, preservar.

Obviamente a esfera governamental nada fez ou faz a respeito de conduzir políticas sérias e rígidas diante da orgia incontrolada nas letais atividades que dizimam todos os tipos de recursos naturais. São ações ilegais, por meios de explorações ilegais, vendidas, facilitadas e mancomunadas. Pois sempre é assim: Interesses, dinheiro e corrupção.

A crise de água em São Paulo está longe de ser revertida, se é que haverá reversão, pois dadas certas obviedades, não acredito. E o problema virá a galope à outras regiões, é o que vejo como lógica.

Como já faz há considerável tempo, sobre essa questão, o governo apazígua e divulga o que quer divulgar, "- Está tudo sobre controle."
É o que quer que acreditemos, e no que de fato a massa populacional, alheia a detalhes muito óbvios, acredita, como sempre.

O poder público é criminoso diante de condutas, da má administração e da lástima que é a gestão da distribuição e do fornecimento dos recursos hídricos. Mas esse é um crime que envolve uma clássica coautoria porque a partir do momento em que chega às nossas torneiras, a consciência do emprego e da utilização da água é exclusivamente nossa. Você fez ou está fazendo a sua parte?

(Alexsander Bengaly)

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